sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Fibromialgia

“Dói-me tudo” , “dói-me o corpo todo”, “não consigo dizer onde, é tudo”. Estas são algumas das expressões mais ouvidas por quem sofre de Fibromialgia. A dor é a maior queixa por parte destas pessoas, e o mais importante, que deve e tem de ser feito é o alívio dessa dor, para melhoria da qualidade de vida dos que sofrem com ela.

A Fibromialgia é uma síndrome caracterizada por dor músculo-esquelética generalizada acompanhada de um cansaço extremo, perturbações do sono, perturbações cognitivas, entre outros sintomas.

A incapacidade pode ir de ligeira a grave, levando a limitações a nivel funcional, desde a manutenção do próprio emprego até ao nível de causar uma restrição na participação, em relacionamentos familiares e relacionamento sociais informais.

A Fibromialgia é uma doença comum que atinge homens, mulheres e crianças de todas as etnias e grupos sócio-económicos. Estima-se que sofram de FM entre 2% a 5% da população adulta, dependendo dos países. Da população atingida, entre 80% a 90% serão mulheres entre os 20 e os 50 anos.

O sintoma principal é a dor generalizada e dificil de caracterizar-se. É uma dor descrita como permanente e extremamente incapacitante.

Tipicamente, a dor melhora durante os períodos de férias, com o tempo quente e seco, com o calor local, com a actividade física moderada, com a massagem e com os exercícios de alongamento e relaxamento muscular. Piora durante os períodos de tensão e ansiedade, com o tempo frio e húmido e com a inactividade física.

Podemos associar a fibromialgia a um ciclo vicioso de dor crónica, pois a dor leva a uma inactividade física e essa inactividade levará posteriormente a um declínio de toda a função muscular e consequentemente aumenta a intolerância ao exercício devido à má condição física.

Vários estudos demonstraram a eficácia da actividade física em grupo, da marcha, da actividade física em piscina, do exercício aeróbio e do treino de força na melhoria da dor, na redução do número de pontos dolorosos e na melhoria da qualidade do sono. Outros estudos, que avaliaram o impacto de um programa de exercício físico em combinação com um programa de educação comportamental, demonstraram melhoria na auto-estima, intensidade da dor, capacidade aeróbica e bem-estar. A utilização de programas de terapêutica comportamental baseia-se no facto de que a saúde e o bem-estar estão relacionados com o estilo de vida do utente, com a forma como este vive a sua doença em interacção com o meio que o rodeia.

O grande desafio para os profissionais de saúde é elaborar programas capazes de garantir a adesão dos doentes e promover hábitos de vida saudáveis.

A prescrição de exercício físico na fibromialgia deve ser capaz de proporcionar momentos descontraídos e agra-dáveis e, quando possível, ser complementada com o ensino de técnicas de relaxamento e de alívio da dor. É essencial o profissional saber, desde o início, respeitar sempre o limiar da dor e ir adaptando o programa aquele utente particular. Nunca esquecer todo o componente psicológico, todo o apoio e orientação que tem de existir.


Pode contar sempre com o seu fisioterapeuta para o ajudar, tanto na clínica, hospital e mesmo no domicílio.

Fonte: Associação Nacional Contra a Fibromialgia e Síndrome de Fadiga Crónica

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