segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A doença dos tremores


A Doença de Parkinson é crónica, neurológica e degenerativa, e costuma afectar idosos (geralmente, a partir dos 70 anos), apesar de, segundo os especialistas, nos últimos tempos este limite de idade ter reduzido consideravelmente, sendo que pelo menos uma em cada 10 pessoas afectadas tem menos de 50 anos.

Ocorre quando um grupo de neurónios situados na região cerebral, chamados gânglios da base, sofre de perda neuronal grave. Em condições normais, estes neurónios produzem dopamina, um mensageiro que transmite sinais nervosos relacionados com os movimentos voluntários.

Quando cerca de 60 a 80% destas células estão afectadas, surgem os sintomas da doença. Esta morte celular é determinada, pelo menos em parte, pela existência de genes predisponentes e pela exposição ambiental a determinadas toxinas.

Os sinais cardinais são tremor, rigidez (dificuldade no relaxamento muscular), acinésia atraso na iniciativa motora reflectindo provavelmente um tempo de reacção prolongado, execução lenta de movimentos voluntários, dificuldade de alcançar o alvo com um simples e único movimento, fadiga rápida com a execução de movimentos repetidos, incapacidade para executar acções simultâneas e incapacidade para executar acções sequenciais) e instabilidade postural (desequilíbrio, está mais vezes presente nos casos com maior tempo de evolução, sendo um desequilíbrio que se torna patente durante a marcha ou quando o doente muda de direcção).

Como melhorar o dia-a-dia destes doentes?
Para além da medicação, existem técnicas e terapias destinadas a controlar os sintomas, como a fisioterapia, que ajudam a melhorar e manter a mobilidade articular e força muscular em todo o corpo. Dependendo da fase da doença, a terapia ocupacional e da fala, também podem estar indicadas. Um trabalho em equipa torna-se essencial.

É de realçar a importância da realização de um programa de exercício físico adequado, se possível orientado por um especialista, que permita a estes pacientes reduzir os seus níveis de dependência e melhorar a sua qualidade de vida.
A Fisioterapia torna-se uma ajuda importante no aumento da qualidade de vida destes pacientes.

Fonte: Associação Portuguesa de Doentes Parkinson; Revista “Prevenir”

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