sábado, 31 de outubro de 2009

Osteoartrose

A osteoartrose é uma doença que atinge, fundamentalmente, a cartilagem articular, que é um tecido conjuntivo elástico que se encontra nas extremidades dos ossos que se articulam entre si. A cartilagem articular é nutrida pelo líquido articular ou líquido sinovial. Este líquido articular, que é muito viscoso, contribui para lubrificar a articulação, facilitando os seus movimentos, e permitindo que nas articulações saudáveis as cartilagens deslizem umas sobre as outras sem atrito, isto é, sem desgaste. A cartilagem articular é constituída por células chamadas condrocitos, água e por substâncias proteicas produzidas por estas células e chamadas, respectivamente, proteoglicanos e fibras de colagénio.

Na osteoartrose os condrocitos vão morrendo e produzem menor quantidade de proteoglicanos e de colagénio. Em consequência disto a cartilagem articular ulcera e o osso que está por debaixo da cartilagem, chamado osso sub-condral, reage, espessando-se e dando origem a excrescências ósseas chamadas osteófitos. Os osteófitos são conhecidos entre o grande público pelo nome de "bicos de papagaio", porque alguns deles, ao raio-X, dão imagens que lembram precisamente o bico de um papagaio.



Os principais sintomas da osteoartrose são a dor, a rigidez, a limitação dos movimentos e, em fases mais avançadas, as deformações.



A dor tem um ritmo, isto é, um modo de ser ao longo do dia, que se convencionou chamar mecânico.



O ritmo mecânico é caracterizado pelo facto das dores se agravarem ao longo do dia, com os movimentos e com os esforços, e melhorarem quando o doente repousa, em particular quando se deita. Regra geral, os doentes com osteoartrose não têm dores durante a noite e dormem bem, embora em alguns casos muito avançados de artroses das ancas e dos joelhos, as dores possam, também surgir durante a noite. A rigidez surge sobretudo, ao iniciar os movimentos, como por exemplo, no doente que está sentado e se levanta e surge, também, de manhã ao acordar. A rigidez da osteoartrose é de curta duração, não ultrapassando os 30 minutos. A limitação de movimentos pode surgir precocemente, ao contrário do que acontece com as deformações que, em regra, são tardias.



Os objectivos do tratamento da osteoartrose são aliviar e, se possível, suprimir as dores, melhorar a capacidade funcional, isto é, aumentar a mobilidade das articulações atingidas e evitar a atrofia dos músculos relacionados com as referidas articulações e, finalmente, impedir o agravamento das lesões já existentes. A osteoartrose não se trata apenas com medicamentos e fisioterapia.



O empenhamento do doente é indispensável, e sem ele o plano terapêutico não tem êxito.



Do plano básico fazem parte a educação do doente; o ensino das regras gerais de protecção do aparelho locomotor, particularmente das articulações da coluna vertebral, das ancas e dos joelhos; a correcção dos defeitos posturais e das alterações da estática; o repouso relativo; o tratamento das doenças associadas e os exercícios precedidos da aplicação do calor.



Numa doença crónica por excelência, como é a osteoartrose, doente não educado medicamente, é doente que não vai, seguramente, seguir ao longo de toda a vida a estratégia terapêutica planificada do seu médico.



A osteoartrose não tem, hoje em dia, cura, e o doente deve sabê-lo, mas tem tratamento, que pode permitir ao indivíduo afectado por esta doença levar uma vida completamente normal na imensa maioria dos casos.



O médico deve enfatizar o carácter benigno da doença e o seu bom prognóstico na grande maioria dos casos. Esta desdramatização é muito importante, visto em muitos casos o principal problema do doente ser o medo de poder vir a ficar completamente incapacitado.



Conselhos ao doente:



- Dormir em cama dura, preferencialmente em decúbito dorsal, isto é, de "barriga para o ar", posição que propicia um repouso completo da coluna vertebral.
- Não permanecer durante muito tempo na mesma posição, sobretudo nas posições de pé ou sentado.
- Os indivíduos com espondilartrose não se devem sentar em sofás nem em poltronas que lhe deformam a coluna vertebral.
- O pescoço deve andar em hiper-extensão e nunca flectido. Esta postura é particularmente importante para os doentes com cervicartrose (artrose da coluna cervical).
- Evitar pegar em objectos pesados, o que constitui uma grande sobrecarga para as articulações da coluna vertebral.
- Evitar as flexões da coluna vertebral. O doente, quando tiver de apanhar um objecto do solo, não deve flectir a coluna, mas sim dobrar os joelhos.
- O vestuário deve ser simples e prático, evitando as roupas apertadas, os fechos atrás das costas e os botões de pequenas dimensões. Os sapatos devem ter contrafortes resistentes e os saltos não devem ser altos. Os saltos altos aumentam a lordose lombar, originando dores ao nível deste segmento de coluna.



* Um plano de exercícios estipulado pelo seu fisioterapeuta deve ser seguido e mantido, pois para além de contribuir para a correcção dos defeitos posturais e das alterações da estática aumenta também a mobilidade articular e combate a atrofia muscular.
 
Fonte: Liga Portuguesa contra as Doenças Reumáticas; "Reumatologia Clínica" Mário Viana de Queiroz

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Esporão do calcâneo e Fasceíte Plantar

O esporão do calcâneo pode fazer parte do quadro de Fasceíte Plantar e caracteriza-se por um crescimento ósseo no calcâneo, mas é importante salientar que o esporão não ocorre na fáscia plantar e sim no músculo flexor curto dos dedos, o qual é adjacente à fáscia. Apenas 50% das pessoas com fasceíte tem esporão e 10% das pessoas sem dor no calcâneo também tem esporão, assim, via de regra, não há indicação de ressecção cirúrgica do esporão.

Em cada passo que damos, imprimimos todo o peso do corpo no calcanhar, pelo que o impacto na planta do pé e suas estruturas associadas é intensa e constante.

Os sintomas referidos quando presente esporão do calcâneo podem ser: a dor é o principal sintoma e começa de manhã, quando são dados os primeiros passos e após os períodos prolongados de repouso; raramente tem inflamação visível;é frequente entre pessoas que praticam desporto, pessoas com excesso de peso e pessoas com Pé Cavo ou Pé Plano; existe dor pulsante na zona plantar do calcanhar; existe dor no repouso e na deambulação e dor ao calçar-se.

Temos que ter sempre presente que a dor no calcanhar nem sempre significa a presença de um esporão.

A Fasceíte Plantar é uma inflamação/lesão de esforço na fáscia (tecido fibroso e tenso situado na planta do pé) que afecta a planta do pé desde o calcanhar até aos dedos. Esta inflamação começa com uma dor suave e gradual no osso do calcanhar descrita frequentemente como uma "picada de agulha" e é mais provável que se sinta após (não durante) o exercício ou ao dar os primeiros passos da manhã.

As probabilidades de se sofrer desta inflamação aumentam, nas mulheres, nos praticantes de exercício físico (atletas profissionais e amadores), se sofrer de excesso de peso, se trabalhar num local com superfícies duras, ou que ande muito. As pessoas com pé plano ou pé cavo também são mais susceptíveis de desenvolver fasceíte plantar.

A fasceíte plantar não tratada, pode transformar-se numa lesão crónica e incapacitar a realização da actividade desportiva, sob pena de também se desenvolver lesões no pé, joelho, ancas e coluna, uma vez que a fasceíte plantar normalmente provoca má postura.

O tratamento inicial consiste em alongamento do tendão de Aquiles, alongamento da fascia plantar e uso de palmilha de silicone para calcanhar. A realização deste tratamento por 8 semanas deverá trazer benefício para 90 a 95% dos pacientes. Para aqueles que não responderam ao tratamento, existem duas opções: injeções de corticóide na fascia plantar e o uso do night splint, que é uma espécie de imobilizador de tornozelo que alonga a fascia plantar enquanto estamos a dormir. A cirurgia fica reservada para os 5% dos pacientes que não respondem a essas medidas não cirúrgicas.

Nem toda a dor no calcâneo é Fasceíte Plantar, portanto, principalmente os pacientes que não apresentam benefícios com o tratamento, devem ser avaliados para outras causas possíveis.

Para tratar esta alteração é necessário avaliar os pés e restante membro inferior, de modo a descobrir a causa da inflamação da fáscia (fasceíte) e da consequente dor, que poderá estar presente devido a alguma alteração biomecânica da estrutura do seu pé.

- É importante que se apresentar alguns destes sintomas referidos consulte um médico fisiatra, que o encaminhará para o fisioterapeuta que irá tratar do seu caso, bem como pode ser também visto por um podologista.

O seu fisioterapeuta saberá aconselhá-lo sobre os cuidados a ter, o calçado a usar, a postura, exercícios e alongamentos.

Olhe por os seus pés, que eles são a a sua base.

Fonte: Manual Merck;  http://www.doutorpe.pt/

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Pedalar mas com boa postura!


Andar de bicicleta seja por desporto ou hobbie traz muitos benefícios, dentro dos quais:

- Melhora o sistema imunológico - prevenindo e reduzindo efeitos das doenças;



- Combate o Stress e cardiopatias;



- Reduz problemas circulatórios e respiratórios;



- Controle da glicemia no sangue (no caso dos diabéticos);



- Reduz o risco de se tornar um diabético futuramente.



- Controla a obesidade e combate a osteoporose.



A boa postura na bicicleta não pode, de modo algum, ser esquecida, pois é o seu aliado para evitar futuros problemas na sua coluna. Por isso, para pedalar com conforto e evitar dores musculares posicione-se bem. Ficam aqui algumas dicas de como se posicionar:



• Ajuste a altura do banco para não sobrecarregar os joelhos: a perna que fica no pedal mais baixo deve estar em semi flexão, quase estendida.



• Deixe os joelhos sempre voltados para a frente.



• Mantenha os cotovelos levemente flectidos e não coloque toda a força do corpo sobre os braços.



• Apoie bem a planta dos pés (e não os dedos) sobre o pedal.



• Alinhe as costas com o pescoço e a cabeça.



É importante que compense com alguns exercícios de abdominais, contraindo esta zona com as pernas flectidas cada vez que pedalar. Uma má postura pode ajudar a intensificar as dores na zona lombar, prejudicando ainda mais a saúde. Deve sentir-se bem em cima do selim, caso contrário poderá prejudicar a sua condição física.



Não se esqueça nunca, que antes e depois de realizar o exercício físico é necessário fazer uma série de exercícios de alongamento. Ajuda-o a prevenir lesões e as famosas dores musculares pós exercício.



Faça exercício físico pela sua saúde.

Fonte: Boa Forma; http://www.projectobtt.com/

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Seja feliz



“A felicidade não é a ausência de problemas, mas a capacidade de lidar com eles” (H. Jackson Brown Jr.)

Eu não sou feliz porque não tenho problemas, eu sou feliz porque tenho a capacidade de saber enfrentar os problemas, e ter a noção que são pequenas pedras no caminho, e certamente momentos de aprendizagem. Posso dizer que são degraus que temos de ir subindo na nossa escada da vida, que nos fazem crescer. Mas esse crescimento acontece se conseguirmos ver os “obstáculos” como ensinamentos e ultrapassá-los, porque se o escolhido for agarrarmo-nos a eles não existe qualquer tipo de crescimento pessoal.



Como já referi nalguns pequenos textos aqui, a base para tudo na vida, e para que consigamos crescer e subir e amarmos viver está no gostar de si próprio acima de tudo, sem isso tudo o resto vai parecer feio, impossível, problemático e mais uma série de adjectivos negativos.



Pense positivo! Não leve a vida dizendo “não sou capaz”, “não vou conseguir”, “é impossível”, ou “tudo me corre mal”, “comigo é sempre assim”; porque isso é meio caminho para que existam fracassos. Mude a atitude, e gosto de si, tenha confiança em si, trabalhe todas essas emoções. É a própria pessoa que se controla e guia a sua vida. Por isso torne-se melhor e adore-se, ame-se, venere-se, acredite nas suas capacidades, VIVA.



Aproveite....

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Cirurgia que trava Doença de Parkinson

É uma técnica inovadora, feita através de um sistema de estimulação cerebral profunda, que resulta numa melhoria da qualidade de vida dos utentes, reduzindo cerca de 70% dos sintomas.

A cirurgia de Parkinson não é sinónimo de cura da doença, mas antes um tratamento que tem vindo a apresentar muito bons resultados em formas graves e seleccionadas da doença (o grande tratamento continua a ser feito através de medicamentos, que permitem uma melhoria da qualidade de vida durante muitos anos).

A cirurgia está indicada para as formas do Parkinson que são resistentes à medicação, ou em casos em que os doentes não podem tomar os medicamentos por efeitos laterais. Estas formas mais graves constituem cerca de 5% dos casos.

Em que consiste a cirurgia?
«A cirurgia consiste em colocar profundamente no cérebro dois eléctrodos (um de cada lado), em que cada um controla o lado oposto do qual está colocado», refere Rui Vaz, neurocirurgião, pioneiro no tratamento da doença de Parkinson em Portugal.
«Os eléctrodos vão depois provocar múltiplas pequenas descargas eléctricas no núcleo profundo do cérebro, o núcleo subtalâmico. Os dois eléctrodos estão ligados por cabos (que ficam debaixo da pele), a uma bateria, que funciona como gerador de corrente, colocada no tórax, abaixo da clavícula. A bateria dura cerca de 5 anos, apesar de estarem a surgir no mercado as baterias recarregáveis, mas ainda a um preço muito elevado», acrescenta.

Vantagens da cirurgia
«Uma das grandes vantagens desta nova cirurgia é a de não lesar o tecido nervoso, e ser uma técnica reversível (se o doente não estiver bem, pode-se desligar a estimulação). A regulação de intensidade das descargas é também um ponto a favor porque o estímulo eléctrico não é uniforme nos doentes e nas formas da doença (há um pequeno aparelho que se encosta à bateria situada sob a pele no tórax e permite regulá-la)», salienta o neurocirurgião.
O resultado que se consegue com a cirurgia é o da melhoria da qualidade de vida até cerca de 80%. «Tarefas simples para o doente como virar-se na cama, lavar-se, vestir-se e sair de casa, fazer uma vida quase normal e independente, são o resultado deste tratamento», acrescenta Rui Vaz.

Onde fazer?
A cirurgia é feita em cinco hospitais portugueses: Hospital de São João (Porto), Hospital de Santo António (Porto), Hospitais da Universidade de Coimbra, Hospital de Santa Maria (Lisboa) e Hospital dos Capuchos (Lisboa).

Antes da cirurgia
O doente é internado durante cerca de quatro dias, para fazer exames, fisioterapia e preparar-se para a cirurgia.

Durante a cirurgia
A cirurgia em si demora entre sete a oito horas. Depois de sair do bloco operatório, o doente fica internado mais uma semana. «Nesse tempo fazemos o equilíbrio entre o aumentar da estimulação e reduzir ao mínimo (ou parar) com a medicação», explica Rui Vaz. «Os doentes aprendem depois a ligar e a desligar o aparelho, mas a regulação é feita pelo médico especialista».

Depois da cirurgia
Após a cirurgia, «há um acompanhamento regular que vai tendo cada vez intervalos mais longos no tempo, dependendo do estado clínico do doente», explica Rui Vaz. «O doente tem de ter cuidado com campos magnéticos muito fortes, como os detectores de pessoas e metais, que podem interferir com o funcionamento do aparelho».

Fonte: Sapo Saúde

A doença dos tremores


A Doença de Parkinson é crónica, neurológica e degenerativa, e costuma afectar idosos (geralmente, a partir dos 70 anos), apesar de, segundo os especialistas, nos últimos tempos este limite de idade ter reduzido consideravelmente, sendo que pelo menos uma em cada 10 pessoas afectadas tem menos de 50 anos.

Ocorre quando um grupo de neurónios situados na região cerebral, chamados gânglios da base, sofre de perda neuronal grave. Em condições normais, estes neurónios produzem dopamina, um mensageiro que transmite sinais nervosos relacionados com os movimentos voluntários.

Quando cerca de 60 a 80% destas células estão afectadas, surgem os sintomas da doença. Esta morte celular é determinada, pelo menos em parte, pela existência de genes predisponentes e pela exposição ambiental a determinadas toxinas.

Os sinais cardinais são tremor, rigidez (dificuldade no relaxamento muscular), acinésia atraso na iniciativa motora reflectindo provavelmente um tempo de reacção prolongado, execução lenta de movimentos voluntários, dificuldade de alcançar o alvo com um simples e único movimento, fadiga rápida com a execução de movimentos repetidos, incapacidade para executar acções simultâneas e incapacidade para executar acções sequenciais) e instabilidade postural (desequilíbrio, está mais vezes presente nos casos com maior tempo de evolução, sendo um desequilíbrio que se torna patente durante a marcha ou quando o doente muda de direcção).

Como melhorar o dia-a-dia destes doentes?
Para além da medicação, existem técnicas e terapias destinadas a controlar os sintomas, como a fisioterapia, que ajudam a melhorar e manter a mobilidade articular e força muscular em todo o corpo. Dependendo da fase da doença, a terapia ocupacional e da fala, também podem estar indicadas. Um trabalho em equipa torna-se essencial.

É de realçar a importância da realização de um programa de exercício físico adequado, se possível orientado por um especialista, que permita a estes pacientes reduzir os seus níveis de dependência e melhorar a sua qualidade de vida.
A Fisioterapia torna-se uma ajuda importante no aumento da qualidade de vida destes pacientes.

Fonte: Associação Portuguesa de Doentes Parkinson; Revista “Prevenir”

domingo, 25 de outubro de 2009

Porque beber café traz coisas boas...

O café é uma das bebidas mais tomadas em todo o mundo, diariamente, por todo o tipo de pessoas, desde os jovens até aos mais idosos.

Mas será que faz bem?
Milhares de estudos sobre o café deixam cada vez mais claro que, em quantidades moderadas de até 4 chávenas por dia, ele não só não faz mal, como pode trazer benefícios à saúde.

Vários estudos têm comprovado os beneficíos que o café traz em várias situações, desde uma dor de cabeça até à demência.

Vou resumir aqui conclusões de estudos do café na Doença de Alzheimer.
A Doença de Alzheimer é hoje uma das formas mais comuns de demência, e a sua prevenção e tratamento tornaram-se um desafio significativo para a saúde pública mundial. A compreensão do papel do café como factor de protecção cresce à medida que estudos científicos vão evidenciando que a ingestão de cafeína está ligada a menor risco dessa doença.

Um desses estudos, realizado em escala nacional no Canadá, envolveu um grupo de 6.434 pessoas. Todas tinham 65 anos de idade ou mais, e nenhuma mostrava sintomas de Doença de Alzheimer no início do estudo em 1991. Em 1996, das 4.615 pessoas ainda vivas, 194 foram diagnosticadas com DA. A análise das informações sobre estas 4.615 pessoas revelou que o consumo de café, entre outros factores como a actividade regular, está ligado à redução do risco de desenvolver DA. Um pequeno estudo português chegou a resultados semelhantes.

Fonte: " www.positivelycoffee.org "

Eu não sou um rótulo


É comum ouvir-se entre alguns profissionais de saúde a tipíca
frase “é aquele que tem fibromialgia” (digo fibromialgia como poderia ter dito outra patologia qualquer). O que eu quero salientar com este comentário é o facto de as pessoas/utentes serem muitas vezes rotuladas, ou seja, quando o profissional tem um utente à sua frente no consultório apenas analisa sinais e sintomas e a seguir traça o diagnóstico, que passa a ser o rótulo para aquela pessoa.

O que acho que é preciso realçar é que por trás desse rótulo está “a pessoa” em si, com as suas características pessoais, influências ambientais e culturais. A pessoa é um ser bio-psico-social, e por isso não pode ser vista apenas como um diagnóstico (“rótulo”) e tratada apenas nesse sentido.



De acordo com o diagnóstico estabelecido é prescrito esta ou aquela terapêutica, mas sem muitas vezes diferenciar o Senhor João da D. Manuela que apresentam o mesmo rótulo. O João e a Manuela são pessoas diferentes, cada um com as suas características pessoais, com uma ambiente diferente à sua volta, com medos, receios, ansiedades e modos de viver a vida diferentes, com limitações diferentes, inclusivé, embora apresentando a mesma patologia.



Por ter o mesmo diagnóstico que outra pessoa, eu não sou igual, por isso cada intervenção, terapêutica aplicada também não vai ser igual.



Por exemplo, não se pode olhar para um utente que teve um AVC como igual a todos os outros que sofreram o mesmo, e seguir um plano de reabilitação nesse sentido. Cada utente é único e tem de ser visto como um todo. Não é o sr do AVC, mas sim o Sr João que tem esta e aquela limitação, incapacidade, que tem aquele ambiente familiar, que reage a determinadas coisas de determinada maneira. É um ser com a sua própria individualidade e contextualização como todos os seres.



É todo este “bolo” (individualidade e contextualização do ser) que um profissional de saúde tem de ter sempre presente quando tem o seu utente à frente e se realmente ama aquilo que faz.


quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Doença de Alzheimer


A Doença de Alzheimer é um tipo de demência que provoca uma deterioração global, progressiva e irreversível de diversas funções cognitivas (memória, atenção, concentração, linguagem, pensamento, entre outras).
Esta deterioração tem como consequências alterações no comportamento, na personalidade e na capacidade funcional da pessoa, dificultando a realização das suas actividades da vida diária.

É uma doença neurodegenerativa.
Em termos neuropatológicos, a Doença de Alzheimer caracteriza-se pela morte neuronal em determinadas partes do cérebro, com algumas causas ainda por determinar.
O aparecimento de tranças fibrilhares e placas senis impossibilitam a comunicação entre as células nervosas, o que provoca alterações ao nível do funcionamento global da pessoa.

Os sintomas iniciais da Doença de Alzheimer incluem perda de memória, desorientação espacial e temporal, confusão e problemas de raciocínio e pensamento. Estes sintomas agravam-se à medida que as células cerebrais vão morrendo e a comunicação entre estas fica alterada.

As pessoas com doença de Alzheimer tornam-se confusas e por vezes agressivas, passando a apresentar alterações da personalidade, com distúrbios de conduta e acabam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmas quando colocadas frente a um espelho. À medida que a doença evolui, tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros, iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação inviabiliza-se e passam a necessitar de cuidados e supervisão integral, até mesmo para as actividades elementares do quotidiano como alimentação, hiegiene, vestuário, entre outras.

Actualmente, não existe cura para a Doença de Alzheimer, no entanto a investigação em torno desta doença tem vindo a fazer novas descobertas. Existem medicamentos que possibilitam o tratamento sintomático de grande parte das alterações cognitivas e comportamentais. Embora não possam evitar a progressiva perda neuronal, os medicamentos existentes podem ajudar a estabilizar e a minimizar alguns sintomas.

O Tratamento da Doença de Alzheimer deve conciliar a interveção farmacológica com a intervenção não-farmacológica
A intervenção não-farmacológica diz respeito a um conjunto de intervenções que visam maximizar o funcionamento cognitivo e o bem-estar da pessoa, bem como ajudá-la no processo de adaptação à doença. As actividades desenvolvidas têm como fim a estimulação das capacidades da pessoa, preservando, pelo maior período de tempo possível, a sua autonomia, conforto e dignidade.

Não se esqueça de quem se esquece!

(É muito importante a compreensão da doença por parte dos familiares próximos, o apoio prestado por estes e todos os estímulos e intervenção precoce e constante para com quem apresenta sinais da doença).

fonte: Associação Alzheimer Portugal

domingo, 18 de outubro de 2009

Dor de cotovelo

Algumas pessoas experienciam dor no cotovelo, a maior parte das vezes devida a gestos repetidos ou transporte de cargas elevadas.                                                               Á região externa do cotovelo é dado o nome de epicôndilo e á interna de epitróclea. Quando a dor é no epicôndilo designa-se de epicondilite,ou também chamada de cotovelo de tenista (por ser a lesão associada à prática do ténis, consequência do gesto repetitivo, devido à biomecânica da própria actividade).

Quando a dor é na epitróclea designa-se de epitrocleíte, ou também designada de cotovelo de golfista (justificação igual à anterior).

Ambas são frequentemente devidas a tendinites de inserção ou entesites, isto é, inflamações nos tendões que causa dor no ombro, braço e dor localizada no epicôndilo ou epitróclea. São resultado na maioria das vezes de cargas elevadas e /ou repetidas nos músculos extensores ou flexores do punho e dedos. A dor é intensa e no início só está presente durante carga pesada no músculo como ao realizar desportos de raquete (ténis), golfe, levantamento de pesos e trabalho monótono e repetitivo como trabalho no computador. Com o passar do tempo, a dor torna-se crónica, levando à incapacidade de realizar actividades habituais como segurar ou levantar objectos leves.

Na epicondilite a dor manifesta-se com a flexão dorsal do punho e na epitrocleíte na extensão ou flexão palmar do punho, assim como se encontra um ponto muito doloroso á palpação ligeiramente acima do relevo ósseo- epicôndilo ou na epitróclea (na região externa e interna do cotovelo).

Não deve deixar prolongar a sintomatologia, pois começa a tornar-se crónica e de mais dificil recuperação.

A recuperação vai no sentido de:
- Reduzir a inflamação e dor: descanso, gelo, elevação e compressão; anti-inflamatórios não esteróides; analgésicos para temporariamente aliviar a dor.
- Realizar uma série de exercícios de movimento para diminuir a rigidez e aumentar a flexibilidade e fortalecimentos muscular.
- Material ortopédico para restringir o movimento do tendão e o proteger a articulação.
- Modificação das actividades: melhorar a postura e técnica; alterar as mãos durante actividades.

Conselho: Quem tem uma actividade laboral ou desportiva na qual realize gestos repetidos, a nível do membro superior, nunca deve esquecer que é importante como meio de prevenção de lesões realizar alongamentos frequentes. Após o dia de trabalho ou a actividade desportiva não esquecer nunca de alongar as regiões que foram solicitadas. Procure o seu fisioterapeuta que o ajudará nas questões pertinentes, alongamentos, exercícios a realizar, entre outras dúvidas que tenha. Exercícios de alongamentos e fortalecimento muscular sob orientação são úteis na prevenção de lesões.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Projecto a seguir...

Imagine your life - Um Projecto Inside Out

Tempos difíceis chamam-nos para que tenhamos novas soluções, e que as busquemos em lugares e pensamentos novos. Esses lugares e pensamentos existem dentro de cada um de nós, não só em alguns mas em todos nós. Está na hora de agirmos em vez de esperar por soluções exteriores, de acordarmos para o nosso potencial, para o nosso verdadeiro potencial. Vivemos uma época de crise em que as dificuldades estão na ordem do dia. Somos obrigados a rever as nossas prioridades, rever os nossos orçamentos e procurar formas de sobreviver a tudo isto. De facto, é no meio da dificuldade que se encontra a oportunidade, é no meio do caos que se encontra a ordem.

“Os problemas significativos que enfrentamos não podem ser resolvidos no mesmo nível de pensamento em que estávamos quando os criámos”. Albert Einstein (1879-1955) Premio Nobel de Física.

É a nossa paixão dedicarmo-nos ao despertar da consciência de quem somos e ao entendimento de que “Somos todos Um”. Temos o propósito de propor e afinar, um modo de vida transformador e completo que queremos partilhar com todos aqueles que anseiem uma vida brilhante.

O nosso sistema tem cursos de curto prazo que são preparatórios para a proposta de crescimento orgânico.

Propomos curso em 3 níveis

Soltar a sua Criatividade (5 Sessões)
Criatividade – Desafiar e Experienciar (12 Sessões)
Criatividade – Vivê-la (36 Sessões)

Sistema de Crescimento Orgânico Integrado. Oferecemos um programa de crescimento orgânico, natural, sustentado colaborativo e expansivo. O que isto significa para si, é a oportunidade única de participar num sistema com uma dinâmica sem paralelo no mercado. Aqui, o objectivo de gerar abundância acontece como resultado dum alinhamento com os propósitos verdadeiros do seu Eu superior.

Para saber mais consulte http://imagineyourlife7.blogspot.com e entre em contacto com os responsáveis, que são pessoas espectaculares que o irão com certeza ajudar imenso.

Paralisia Facial Periférica


"Não sinto este lado da minha cara", "... parece que está adormecida", "Tenho a boca ao lado e nao fecho o olho", "o que é que me aconteceu?" Se acordar um dia e não tiver movimento de uma lado da sua cara, sem causa aparente sentir uma hemi-face paralisada certamente apresenta uma paralisia facial periférica idiopática, conhecida por Paralisia de Bell.

A paralisia facial periférica, é caracterizada por uma paralisia do conjunto dos músculos da face, comprometendo por igual os territórios faciais superior e inferior. Geralmente é unilateral e estabelece uma assimetria facial, tanto em repouso como na tentativa de movimentos voluntários.
A sua causa é desconhecida, podendo aparecer por mudanças bruscas de temperatura, alergia, infecção, virús, bactéria ou otites.
É importante que se tiver esses sinais se dirija de imediato ao médico para despiste de uma situação mais grave.
O utente apresenta como sintomas frequentes: “adormecimento da cara”, sorriso assimétrico, dificuldade em fechar totalmente o olho.

A expressão facial é nosso principal meio de comunicação não verbal. É como nos apresentamos ao mundo e como os outros distinguem as nossas emoções. Um utente com paralisia da face fica desprovido de certas emoções, no entanto à medida que começa a restabelecer sua mobilidade fisionómica, essas emoções começam a reaparecer.

Nestes casos é importante referir também a vertente psicológica, como as pessoas interiorizam por estes momentos a sua nova imagem. Pois o facto de se olharem ao espelho e verem uma “nova imagem” torna-se assustador, quererem fazer as expressões normais e depararam-se sem qualquer tipo de expressão. Não esquecer que é uma situação inesperada na vida da pessoa, e que vai afectá-la psicologicamente.

A fisioterapia tem como objectivo restabelecer a mímica facial e minimizar as sequelas. É muito importante o ensinamento que é feito ao utente, exercícios a realizar em casa e outros conselhos para realizar diariamente de modo a facilitar a recuperação.
A recuperação, quando favorável, começa desde os primeiros dias e pode chegar a uma cura total, que vai de semanas a meses, consoante o caso.

* A fisioterapia é imprescindivel na reabilitação destes casos, bem como o esforço realizado pelo próprio utente.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Relaxe...

A vida é muitas vezes uma correria, e precisamos de nos sentirmos bem e adoptarmos algumas estratégias para lidar com tudo ajudando a simplificar o dia-a-dia, de modo a preservar o equilíbrio físico e emocional.

Algumas ideias para poder disfrutar daquela paz interior:


- Não se deixe contagiar pelo pessimismo. Mantenha a tranquilidade, pois as emoções à nossa volta são muitas vezes contagiosas mas a força interior e a paz de espírito também o é, e por isso é nela que nos temos de focar.

- Durma descansado, para ter um sono reparador. Transforme o seu quarto num lugar de descanso e onde se sinta mesmo bem.

- Compartilhe com o outro os seu problemas mas não descarregue em cima do outro esses mesmos problemas. Compartilhe.

- Faça exercício físico regular. “Mente sã em corpo são”. E no seu local de trabalho, se passa muito tempo sentado à secretária, faça algumas pausas com exercícios de alongamento.

- Alimente-se bem. Comece o seu dia com um bom pequeno-almoço.

- Organize-se. Tenha em mente as coisas que pretende realizar pelo menos para esse dia. Vai ver que se torna mais fácil.

- Faça coisas que gosta. Desfrute disso, no trabalho, nos tempos livres, sozinho ou com aqueles que ama.

- Respire bem. Se sentir stressado pode começar por tentar controlar a sua respiração (respire como eu já ensinei aqui num texto no blog)

- Ajude os que tem próximos.

- Música. Oiça aquelas músicas que gosta, e o fazem sentir bem.

- Sorria . Um sorriso ajuda a fomentar os pensamentos positivos. Faça chuva ou sol ... sorria. Acredite contagia-o a si e até aos outros à sua volta.

- Ame-se. Acima de tudo, o mais importante, goste de si como é, e ame.

........ Ame VIVER.


Tenha um bom dia :)


Fonte: Revista "Saber Viver"

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Evento MBT

Esta semana, quinta-feira dia 8 de Outubro, a marca dos já conhecidos anti-sapatos MBT teve uma excelente iniciativa e por isso deixo aqui presente. Venham mais iniciativas destas.


Somos Anti-mau humor, Anti-saltos altos, Anti-este sapato está a matar-me… Somos Anti-sapatos. Somos Anti-stress. Sabia que o sorriso é a melhor arma contra o stress?
 Sabemos que o stress é um dos males do século XXI, afectando grande parte da população activa e tem ainda o poder de condicionar o nosso bem‐estar. Os Anti‐sapatos MBT, conscientes da influência do bem‐estar para a saúde ‐ da cabeça à ponta do pé – adoptaram medidas Anti‐stress. É que, quilómetros e quilómetros percorridos diariamente nos corredores dos hospitais a fazer sorrir as crianças hospitalizadas poderia ser motivo de stress. Não para os Doutores Palhaços… Um passo Anti‐Stress foi o desafio lançado à Operação Nariz Vermelho. Os Anti‐sapatos MBT convidaram o Dr. PPP Pipoca (especialista em tudo e de nada) para desenvolver um conjunto de dicas que devemos aplicar para combater o stress. Medida nº1: Sorria como uma criança!



Outras dicas Anti-Stress.
(Promovidas pelos Anti‐sapatos de acordo com as sábias indicações do especialista Anti‐stress Dr. PPP Pipoca)
 Aprenda a relaxar
Nada melhor do que uma pausa de hora a hora para relaxar. Conceda a si mesmo esses momentos que são preciosos para descomprimir. Uma caminhada com os seus MBT vai parecer um passeio nas nuvens…
Quebre a rotina
É importante que consiga criar momentos anti‐rotina. Que tal sair uma paragem antes e caminhar por uma rua onde não passa habitualmente? Além de fazer mais exercício físico vai sentir o estímulo de revisitar um local diferente. Fotografe esse momento e partilhe com os amigos!
Faça exercício físico
 Rir até cair no chão, um passeio à beira‐mar ou uma corrida no paredão são óptimas medidas anti‐stress. Mais tonificação muscular, activação da circulação e melhor postura e bem‐estar são motivos suficientes?

Para saber mais visite o site http://www.theantishoe.com.pt/

Fibromialgia

“Dói-me tudo” , “dói-me o corpo todo”, “não consigo dizer onde, é tudo”. Estas são algumas das expressões mais ouvidas por quem sofre de Fibromialgia. A dor é a maior queixa por parte destas pessoas, e o mais importante, que deve e tem de ser feito é o alívio dessa dor, para melhoria da qualidade de vida dos que sofrem com ela.

A Fibromialgia é uma síndrome caracterizada por dor músculo-esquelética generalizada acompanhada de um cansaço extremo, perturbações do sono, perturbações cognitivas, entre outros sintomas.

A incapacidade pode ir de ligeira a grave, levando a limitações a nivel funcional, desde a manutenção do próprio emprego até ao nível de causar uma restrição na participação, em relacionamentos familiares e relacionamento sociais informais.

A Fibromialgia é uma doença comum que atinge homens, mulheres e crianças de todas as etnias e grupos sócio-económicos. Estima-se que sofram de FM entre 2% a 5% da população adulta, dependendo dos países. Da população atingida, entre 80% a 90% serão mulheres entre os 20 e os 50 anos.

O sintoma principal é a dor generalizada e dificil de caracterizar-se. É uma dor descrita como permanente e extremamente incapacitante.

Tipicamente, a dor melhora durante os períodos de férias, com o tempo quente e seco, com o calor local, com a actividade física moderada, com a massagem e com os exercícios de alongamento e relaxamento muscular. Piora durante os períodos de tensão e ansiedade, com o tempo frio e húmido e com a inactividade física.

Podemos associar a fibromialgia a um ciclo vicioso de dor crónica, pois a dor leva a uma inactividade física e essa inactividade levará posteriormente a um declínio de toda a função muscular e consequentemente aumenta a intolerância ao exercício devido à má condição física.

Vários estudos demonstraram a eficácia da actividade física em grupo, da marcha, da actividade física em piscina, do exercício aeróbio e do treino de força na melhoria da dor, na redução do número de pontos dolorosos e na melhoria da qualidade do sono. Outros estudos, que avaliaram o impacto de um programa de exercício físico em combinação com um programa de educação comportamental, demonstraram melhoria na auto-estima, intensidade da dor, capacidade aeróbica e bem-estar. A utilização de programas de terapêutica comportamental baseia-se no facto de que a saúde e o bem-estar estão relacionados com o estilo de vida do utente, com a forma como este vive a sua doença em interacção com o meio que o rodeia.

O grande desafio para os profissionais de saúde é elaborar programas capazes de garantir a adesão dos doentes e promover hábitos de vida saudáveis.

A prescrição de exercício físico na fibromialgia deve ser capaz de proporcionar momentos descontraídos e agra-dáveis e, quando possível, ser complementada com o ensino de técnicas de relaxamento e de alívio da dor. É essencial o profissional saber, desde o início, respeitar sempre o limiar da dor e ir adaptando o programa aquele utente particular. Nunca esquecer todo o componente psicológico, todo o apoio e orientação que tem de existir.


Pode contar sempre com o seu fisioterapeuta para o ajudar, tanto na clínica, hospital e mesmo no domicílio.

Fonte: Associação Nacional Contra a Fibromialgia e Síndrome de Fadiga Crónica

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

AVC

Saiba um pouco sobre uma das causas mais importantes de mortalidade, hospitalização e incapacidade nas populações desenvolvidas – Acidente Vascular Cerebral (AVC).

No cérebro, como no resto do corpo, o sangue circula em artérias que transportam o sangue do coração até ao cérebro e veias que levam o sangue do cérebro para o coração.


A circulação do sangue no cerébro pode sofrer alterações, se essas artérias se romperem ou entupirem, e provocar o chamado Acidente vascular cerebral (A.V.C.).


O AVC pode ser compreendido como uma dificuldade, em maior ou menor grau, de fornecimento de sangue e seus constituintes a uma determinada área do cérebro, determinando assim a extensão e tipo da lesão consequentemente, perda ou diminuição das respectivas funções.


Existem basicamente dois tipos de AVC:


1. Isquêmico: quando não há passagem de sangue para determinada área, por uma obstrução no vaso ou redução no fluxo sangüíneo do corpo.
2. Hemorrágico: quando o vaso sangüíneo se rompe, extravasando sangue.
Pode ocorrer com mais frequência em pessoas com: hipertensão arterial, colesterol elevado, diabetes, hábitos tabágicos, problemas cardíacos, maus hábitos alimentares e pouca actividade fisíca.


As mudanças provocadas por um A.V.C. dependem principalmente da extensão da lesão e do lado do cérebro afectado. Essas alterações desagradáveis manifestam-se no corpo, principalmente do lado oposto ao da lesão no cérebro.


As alterações mais frequentes são:


- Diminuição da força (ligeira ou intensa) principalmente de um lado do corpo, atingindo por vezes a cara, braço, mão, perna e pé desse lado.

- Diminuição da sensibilidade com sensações de formigueiro.

-Dificuldade em falar e/ou de perceber o que os outros dizem, por vezes também em ler e/ou escrever.

Após um A.V.C. deve-se sempre procurar a ajuda de um Fisioterapeuta.


A reeducação em fisioterapia de um doente após A.V.C. é um processo geralmente lento.

A fisioterapia é fundamental para a sua reabilitação, recuperação e promove:

- Retorno às tarefas e actividades da vida diária.

- A sua reintegração, tão completa quanto possível.

- A sua qualidade de vida.

Em casa, deve tentar fazer tarefas simples que estejam ao seu alcance tendo a ajuda necessária para obter bons resultados.

O sucesso da recuperação passa não só por o trabalho especifico do fisioterapeuta em si, mas da colaboração existente entre ambos. A relação terapêutica em si, é o dar e receber, ou seja, quero dizer que a vontade e colaboração do utente em recuperar é primordial no alcance dos vários objectivos estabelecidos na recuperação.
Somos uma equipa sempre – Fisioterapeuta e utente (incluindo também outros profissionais de saúde, como terapeutas da fala, terapeutas ocupacionais).


quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Artrite reumatóide


A artrite reumatóide é uma doença inflamatória crónica de etiologia desconhecida, ocorrendo em todas as idades, e apresentando como manifestação predominante o envolvimento repetido e habitualmente crónico das estruturas articulares e periarticulares podendo, contudo, afectar o tecido conjuntivo de qualquer parte do organismo e originar, assim, as mais variadas manifestações sistémicas.

Pela sua prevalência, e pelos importantes problemas médicos, económicos e sociais que suscita, a artrite reumatóide é, indiscutivelmente, a principal doença difusa do tecido conjuntivo, e uma das principais doenças reumáticas.


É mais prevalente no sexo feminino.

A sua etiologia é desconhecida, sendo importante no seu determinismo os factores genéticos, e na sua patogenia os factores imunológicos.


As articulações mais frequente e recocemente envolvidas são as metacarpo-falângicas, em particular as dos 2º e 3º dedos de ambas as mãos, as interfalângicas proximais das mãos, e as metatarso-falângicas dos pés. Outras articulações, com o evoluir da doença, vêm a ser acometidas.


O diagnóstico da artrite reumatóide deve ser suspeitado nos indivíduos que apresentam rigidez matinal das mãos sempre superior a trinta minutos de duração; quando há artrites das articulações metacarpo-falângicas dos 2º e 3º dedos, das interfalângicas proximais das mãos e das metatarso-falângicas dos pés, quando há tumefacção (inchaço) observvada pelo clínico em 2 ou 3 articulações, por períodos mínimos de 2 a 3 semanas, acompanhada de dor à mobilização e de desconforto local; quando as artrites são bilaterais e simétricas e, finalmente, quando a evolução do comprometimento articular se faz por adição ou extensão, isto é, quando são envolvidas novas articulações sem que as anteriormente lesadas regridam na ausência de tratamento.


O diagnóstico precoce é importante, para melhoria da qualidade de vida do paciente, pois o correcto aconselhamento pelo seu reumatologista é essencial.


A fisioterapia tem um papel importante no controlo e melhoria da sintomatologia; melhorando a qualidade de vida do paciente, pois esta patologia pode tornar-se bastante incapacitante.


A aplicação da fisioterapia na artrite reumatóide tem as seguintes finalidades: reduzir a dor; conservar ou melhorar o grau de mobilidade articular; manter ou aumentar a força muscular; previnir ou corrigir as deformidades articulares e os vicios de postura existentes; manter ou aumentar a capacidade do paciente para o desempenho das actividades quotidianas.


Para alcançar esses objectivos é necessário que exista uma educação ao paciente. Advertir o paciente sobre as dificuldades físicas, psicológicas e sociais causadas pela doença. É indispensável alertar o paciente e o cuidador quais as atividades benéficas ou prejudiciais, além de explicar a necessidade do equilíbrio entre as atividades e o repouso.

Fonte: "Reumatologia Clínica" Mário Viana de Queiroz

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Osteopatia clínica



Osteopatia clínica é uma abordagem diagnóstica e terapêutica manual das disfunções de mobilidade articular e tissular que participam do nascimento dos sintomas dolorosos.
É então, um método de pesquisa da causa lesional,e o tratamento permite o reequilíbrio das funções do organismo e de estimular o funcionamento normal do corpo. A osteopatia trata os componentes mecânicos da dor.



A lesão osteopática é caracterizada por uma hipomobilidade (restrição do movimento tecidual em algum dos três eixos do espaço). A lesão osteopática em nível articular está comumente associada aos receptores capsuloligamentares e aos fusoneuromusculares. Os quais, constantemente enviam estímulos nociceptivos ao Sistema Nervoso Central, principalmente em casos de traumatismo, sobrecarga, ou "acomodação postural".



O corpo, ao receber esses estímulos patológicos, organiza-se de forma a preservar momentaneamente as estruturas envolvidas e dessa forma produz hipomobilidades e hipermobilidades reflexas com toda a sua sintomatologia.



O tratamento é baseado num exame clínico. Um diagnóstico Osteopático deve conduzir a um Acto terapêutico Osteopático. Através de técnicas manuais tem como objectivo restabelecer a mobilidade perdida e dar equilíbrio ao sistema musculoesquelético, sacro-cranial e visceral, mantendo a elasticidade do tecido conjuntivo em todos os seus sistemas.

Qualquer mudança na mobilidade do aparelho locomotor no sentido da hipo ou hiper mobilidade conduz a um transtorno funcional que, por sua vez, pode dar lugar a um quadro “patológico”.

A Osteopatia abarca três grandes ramos: estrutural, cranial e visceral.




É indicada quando?



São inúmeras as indicações do tratamento osteopático, excepto tumores e patologias neurológicas graves. As patologias mais frequentes que chegam ao Osteopata são referentes a coluna vertebral, mas a actuação é muito mais ampla.


A osteopatia é recomendada nos seguintes casos: dores de costas agudas e crónicas (cervicalgias, dorsalgias, lombalgias), torcicolos, neuralgia cervicobraquialgias, ciatalgias e ciática, dores de cabeça, lesões traumáticas do sistema músculo-esquelético como é o caso das lesões desportivas, entorses, hérnias discais, epicondilitis, cólicas menstruais, insónias, problemas digestivos, respiratórios, cardio-vasculares, renais, endócrinos, ginecológicos, entre outros.



"Mensagem para a vida"


Considero essencial transmitir a todas as pessoas que “amar-se a si próprio é o início de um romance para toda a vida” (Wilde), que cuidar de si próprio é o início de uma caminhada por uma estrada menos sinistrada e perigosa, por uma estrada com obstáculos contornáveis, mais segura e estável.

Respirar bem

Respirar convenientemente não é evidente para todos nós. É verdade que nascemos biologicamente equipados para o fazer, mas os pensamentos e as emoções interferem activamente na forma como respiramos.
Este é um aspecto central de toda a questão que envolve a aprendizagem cada vez mais procurada de técnicas de respiração, sendo que o stress com que hoje nos debatemos, e que já é parte integrante da vida moderna, é o seu maior inimigo. E vejamos porquê.
A ansiedade induz uma respiração rápida e superficial, ou seja, inspiramos o ar apenas ao nível do tórax, e não pelo abdómen como seria desejável. O mesmo é dizer que quando nos sentimos em perigo, com medo, inquietos e angustiados, passamos a respirar de uma forma mais rápida e mais superficial, não conseguindo assim mobilizar a quantidade de oxigénio que seria desejável para um estado de saúde adequado. Que fazer, então?
Basta aprender a respirar com serenidade, e tomar consciência do processo, o que pode ser feito diariamente por qualquer um de nós, durante alguns minutos e sem acompanhamento especial.Trata-se de nos alongarmos confortavelmente, tentando acompanhar o movimento do diafragma, que baixa para libertar a parte superior do abdómen e permitir que os pulmões se encham totalmente. Na expiração, essencial para a libertação das toxinas, o diafragma sobe, o ventre fica liso, e os pulmões esvaziam-se. A inspiração, dizem, dinamiza o organismo, enquanto a expiração, que se deve fazer durar o mais tempo possível, apazigua-o. Tudo parte do abdómen, e uma respiração saudável deve começar por aí, tal como fazem os bebés e nós próprios, quando adormecemos.
Descontraídos, despreocupados, relaxados e tranquilos, deixamo-nos ir saudavelmente numa respiração sincopada, profunda e curativa. Tão simples como isso!
* Quando inspira, o ar entra pelo seu nariz e o abdómen (barriga) sobe, e depois solta o ar pela boca e o abdómen desce.
A respiração é a função fisiológica mais importante e também a única que podemos ajustar voluntariamente.
Por isso, faça-a bem!!!

Fonte: "Saber Viver"

domingo, 4 de outubro de 2009

Dor crónica

A experiência da dor crónica é reconhecida por ser uma síndrome multidimensional de etiologia variada, que é influenciada por variados factores sócio-ambientais, predisposições e factores psíquicos. Por isso, programas de tratamento com várias modalidades têm sido desenvolvidos numa tentativa de dirigir-se aos componentes físicos, psicológicos e ambientais envolvidos. Estes programas multidisciplinares têm mostrado ser benéficos no tratamento da dor crónica, mas a efectividade nos componentes específicos não é clara. Um componente comum nos programas de tratamento da dor é o foco no aumento das actividades físicas. Este aspecto é considerado importante mediante a evidência atribuir o evitar da actividade nestes utentes a uma posterior atrofia muscular.

A evidência disponível sugere que o exercício e programas de tratamento multidisciplinar intensivo podem ser benéficos na diminuição da dor lombar crónica. Esses programas têm como finalidade diminuir o comportamento que existe de receio em realizar actividades físicas e consequente inactividade neste tipo de utentes e, auxiliar melhorias funcionais, apesar de a dor, por vezes, permanecer. Estes tratamentos e abordagens são fulcrais numa visão bio-psico-social para lidar com a dor lombar crónica (Frost et al., 2000; Hartigan et al., 2000; Lively, 2002; Mannion et al., 1999; Pfingsten, 2001; Rainville et al., 1997).

A manutenção a longo prazo dos benefícios requer uma educação ao utente e motivação para mudança comportamental e conformidade com o exercício (ACSM, 2000).


Existe evidência relativa à intervenção educacional, no sentido em que se preocupa e encoraja os utentes no regresso às actividades normais da vida diária em detrimento do cuidado usual no aumento da razão de regresso ao trabalho e na redução da incapacidade (mas não dor) a médio-prazo. Existe também evidência que breves intervenções que encorajam um regresso às actividades da vida diária, providas por um fisioterapeuta, são efectivas na redução da incapacidade com uma rotina de fisioterapia e exercício aeróbio.